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Publicado em 4 de Agosto de 2022

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Futebol Europeu versus Sul Americano Análise com Inteligência Artificial

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Futebol Europeu versus Sul Americano

Análise com Inteligência Artificial



Dos campeões mundiais de clubes de 2010 em diante, somente uma equipe da América do Sul venceu, que foi o Corinthians em 2012 contra o Chelsea. O Timão ganhou por 1 x 0 com gol de Guerrero, no Japão. Cássio, goleiro, foi eleito o melhor jogador da partida com, ao menos, três defesas difíceis. O técnico era o Tite, com 51 anos na ocasião.


Qual a probabilidade de uma equipe da América Latina vencer o mundial de clubes? Se pensar que nos últimos 12 torneios só venceu um campeonato, 1/12 daria 8%. Essa é a probabilidade? Quem tem mais performance, a equipe campeã da Eurocopa ou a campeã da Libertadores? Por que um jogador que já não consegue atuar em alta performance na Europa, volta para a América Latina e se destaca entre os melhores?


De acordo com a inteligência artificial, Fator de Performance – IA, que analisou padrões de inúmeros jogos de alto rendimento e fez a equação de regressão que determinou a fórmula do “melhor padrão de jogo”, equipes europeias chegam a ter 50% mais performance que uma equipe da América Latina. A referência é sempre entre equipes Champion League e equipes Libertadores da América. Interessante comentar que muitos jogadores que atuam na Europa, são sul-americanos.


Antes de 2000, a NBA já fazia da análise de dados uma das suas forças para equipes, atletas e eventos. Pouco antes de 2005, a Europa fez do intercâmbio, da formação de equipes técnicas fixas e abrangentes e da análise de dados suas forças em equipes de alta performance. Na América do Sul, somente recentemente temos técnicos e mídia elogiando a análise de dados. Até pouco bem pouco tempo, como exemplo de resistência, criticava-se técnicos estrangeiros no Brasil. Em análise de dados, há um episódio recente com um técnico importante no cenário nacional dizendo não querer informações de cientistas de dados.


Em julho de 2022, o técnico Felipão, no Atlético Paranaense, elogiou a análise de dados de sua equipe de cientistas. Na verdade, o Atlético-PR é uma das poucas equipes brasileiras que tem a ciência de dados como uma de suas forças há cerca de 15 anos. No mesmo dia, repórteres fizeram o mesmo tipo de elogio. Uma mudança importante de mentalidade para o país do futebol. Informação isenta faz refletir, que faz desenvolver questões para aumento de rendimento. Equipe Champion chega a trocar 47% mais passes e com assertividade maior que equipe Libertadores. Só aí, uma grande diferença. No fundamento mais importante, que são chutes a gol, além de chutar mais, tem assertividade superior. Enquanto a equipe Libertadores acerta a direção em cerca de 35% dos chutes a gol, a equipe Champion acerta em média 55% e há equipes com assertividade de quase 70%.


De acordo com a IA, a probabilidade de uma equipe Libertadores vencer uma final de mundial é de 40%, no máximo. A explicação está na equação de regressão gerada após entendimento dos padrões relevantes em uma partida bem disputada. Além dos chutes a gol, em menor número e com menor assertividade, aspectos relevantes que mudam o status do jogo, como estar atacando e ter que correr para se defender, tem papel fundamental no resultado de uma partida. São fundamentos como desarme e drible. O drible, por exemplo, tem papel relevante em dois aspectos. Quando certo, pode desarmar um esquema de defesa, mas quando errado, faz a equipe que estava organizada para atacar, ter que se defender. E a equipe Libertadores tem taxa de erro maior em dribles. Assim como as equipes Champion têm mais acertos em desarmes.



Num cenário de equipes vencedoras, detalhes fazem muita diferença, mas a soma deles é o grande diferencial. Experiência, emoção e vaidade trazem muita vibração, mas também tendência. A Inteligência Artificial entrega análise de padrões de forma consistente e isenta, além de proporcionar um círculo virtuoso de geração de oportunidades de evolução. Tudo isso, unido a pessoas competentes e dedicadas, gera enorme vantagem competitiva.


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Sobre o Autor

Ricardo Villaça

Ricardo Villaça

Chief Artificial Intelligence Officer

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