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Publicado em 29 de Março de 2022

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Flamengo X Bangu e Corinthians X Ponte Preta

Análise com Inteligência Artificial

Há quem diga que das coisas que menos importam na vida, o futebol é a mais importante. Há quem discorde. Há quem diga que números são muito legais, mas que futebol se resolve dentro de campo. Há quem discorde. No dia 12 de março de 2022, a inteligência artificial (IA), utilizando dados disponíveis de scouts de jogos de futebol, analisou dois jogos de duas torcidas que levam multidões aos estádios, Flamengo, que jogou contra o Bangu no Rio de Janeiro, e Corinthians, que jogou contra a Ponte Preta em São Paulo.


Dois grandes placares, o Flamengo venceu por seis a zero e o Corinthians por cinco a zero. Esses resultados mostram equipes com alta performance? Enquanto a inteligência artificial capturava dados, capturava vozes dizendo algo como, “mas e se fosse contra um time grande?”. As duas equipes vencedoras estão com técnicos ainda sob avaliação e forte emoção das torcidas.


A IA é isenta na hora de analisar. A partir de big dados de observações de jogos de equipes com alta performance, entendeu-se os fundamentos, quantidades, suas correlações e proporções importantes para equipes vencedoras. Não há garantias absolutas, até porque um momento de desatenção ou falha é suficiente para um revés numa partida, mas há sim uma forte indicação que a força das equipes está em perseguir essa combinação que é a fórmula do fator de performance.


Por exemplo, é claro que chutar a gol e converter é o principal objetivo do futebol. Mas um fundamento identificado pela IA como tão relevante quanto chutes certos ao gol, é a interceptação de bola. Uma bola interceptada pode pegar uma equipe desarmada, ou melhor, armada para ataque e não para defesa, e os dados mostram que tem sido um relevante fundamento na composição de vitórias.


Apesar do placar em seis a zero, o Flamengo, considerando os dois tempos de jogo, teve performance de 57% e o Bangu de 43%. A IA revela, mesmo diante de um placar elevado, questões que merecem atenção.


Com uma taxa de acerto de passes em 89%, contra 83% do Bangu, Flamengo deveria reavaliar sua tática de cruzamentos, onde erra quase 50%. Outro aspecto negativo é a taxa de acerto de dribles, que é somente de 33%. Quando drible errado se torna uma recuperação de bola para a equipe adversária pode ser fatal, como já mencionado anteriormente. Apesar de ter realizado 75% das finalizações ocorridas no jogo, a taxa de acerto é muito ruim, ficando em 44%. A do Bangu foi de 56%. O domínio do jogo se explica pela maior posse de bola, três vezes mais finalizações que o adversário, taxa de acerto de passes e interceptação de boas três vezes superior que do Bangu.


Observando o Corinthians, a IA percebeu 68% de performance contra 32% da Ponte Preta. Tendo elevada taxa de acerto de passes, 91%, contra 81% da Ponte Preta, uma diferença significativa. Vale reavaliar a tática de lançamentos, com 44% de acerto, e cruzamentos, com 47% de acerto. Em jogos com maior dificuldade, estas taxas podem ser perigosas.


Neste jogo, os dribles tiveram uma efetividade importante para o vencedor. Foram mais efetivos no desarme e, além de terem ficado com 80% das finalizações do jogo, em quantidade finalizaram os números que a IA constatou serem relevantes para os vencedores. Apenas precisam melhorar a assertividade, que ficou em 50%. A superioridade se explicou principalmente em posse, assertividade de passes, finalizações e dribles. 


A IA fez ainda um levantamento detalhado de que jogadores e que fundamentos merecem ser explorados ou mais bem treinados, informação que está disponível sob consulta. Há quem acredite que no futebol, experiência, emoção e prancheta são suficientes e sem tendência.


A retrospectiva recente mostra que técnicos que utilizam informação bem trabalhada têm substituído os técnicos que se baseiam somente na experiência.

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Sobre o Autor

Ricardo Villaça

Ricardo Villaça

Chief Artificial Intelligence Officer

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